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Reunião no TCE aborda desafios e avanços na educação, com foco em matrículas e desempenho escolar

​Integrantes do Pacto pela Educação se reuniram na manhã desta terça-feira, 10, para tratar sobre os desafios e os avanços da educação sergipana. A reunião, que acontece mensalmente, foi conduzida pelo procurador do Ministério Público de Contas, João Augusto Bandeira de Mello, e contou com a presença da presidente da Corte, conselheira Susana Azevedo – ambos são coordenadores da ação.

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O encontro foi iniciado com a apresentação das experiências de sucesso de São Cristóvão em alfabetização, município que alcançou uma média positiva de 65,2%. De acordo com a secretária de Educação do município, Deise Barroso, o município evoluiu consideravelmente nos últimos anos, graças ao reordenamento das escolas e à reestruturação da equipe da Semed, que inclui a criação de equipe de formação e avaliação, e equipe de acompanhamento.​

“Nós conseguimos fazer o que é de mais simples, o que foi primordial e essencial para a evolução, que é não deixar o professor sozinho em sala de aula, não deixar o professor sem planejamento, não deixar o aluno em casa. O aluno tem que estar na escola e aprendendo. Então, a gente criou uma equipe para formação continuada com os professores, nós formamos uma equipe de acompanhamento nas escolas, formadores que vão para as escolas junto com o professor avaliar o planejamento. Toda a gestão escolar é engajada, toda a gestão do município da educação também é engajada para que todos estejam presentes nas escolas fazendo o que tem que ser feito, aluno aprendendo e professor ensinando”, disse a secretária.

O coordenador do Laboratório de Políticas Públicas Manoel Bonfim (LMB) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), professor Josué Modesto, apresentou as causas e consequências da redução do número de matrículas, o insucesso e o abandono escolar. Sendo elas, falhas na política educacional e perda de recursos do FUNDEB.

“Eu tentei demonstrar que há um equívoco que circula muito entre educadores na opinião pública, que a redução da matrícula nas redes estadual e municipais de Sergipe provoca a redução do Fundeb. Na realidade, isso é um equívoco. O Fundeb é um fundo constituído a partir dos recursos do Estado e dos municípios sergipanos e é rateado independentemente do valor do número da matrícula. Por outro lado, olhando as etapas da educação básica, você percebe que algumas têm um crescimento importantíssimo da matrícula, como, por exemplo, a creche e o ensino fundamental, que são específicos dos municípios, e o ensino médio, que é específico da rede estadual”, disse o coordenador.

Para além disso, o grupo definiu as estratégias que serão utilizadas para mobilizar os municípios a participarem do Diagnóstico da Educação Municipal Sergipana através do envio de questionário. Assim como a sistemática de expedição de orientações por parte do Pacto.

“Estamos trabalhando o planejamento estratégico, o plano de ação do pacto, as metas. Enfim, é muita coisa, mas acho que ficou muito claro no dia de hoje que trabalhando todas as variáveis e com muito engajamento, acho que o engajamento da sociedade, o engajamento dos gestores, o engajamento dos professores, o engajamento dos alunos, o engajamento dos órgãos de controle, Sergipe tem um papel e tem um papel muito grande e pode ter um protagonismo muito grande na educação do futuro, e é pra isso que nós estamos trabalhando”, afirma João Augusto Bandeira de Mello.

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As reuniões do Pacto pela Educação acontecem mensalmente na Corte de Contas para discutir soluções para as problemáticas da educação sergipana. O grupo é composto por membros do TCE, do MPC, da UFS, do Fórum Estadual da Educação, da Secretaria Municipal de Educação de Aracaju, do CAC'S FUNDEB, da Secretaria de Educação de Nossa Senhora do Socorro, da UNCME Nacional, do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe, dentre outros órgãos públicos.



Texto: Luana Maria
Foto: Marcelle Cristine
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