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TCE, MPC e UFS promovem evento sobre boas práticas da Educação em Sergipe

O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), em parceria com o Ministério Público de Contas (MPC/SE) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio do Laboratório de Pesquisa em Políticas Públicas Manoel Bomfim (LMB), realizou na manhã desta segunda-feira, 29, a “Conferência Perspectivas da Educação Pública”. O evento foi sediado pela Corte de Contas e segue até esta terça-feira, 30. ​​

“Nesta Conferência, não estamos apenas compartilhando ideias ou debatendo políticas educacionais. Estamos celebrando a magia da educação, o poder transformador das boas práticas e o potencial ilimitado de cada criança e jovem deste país”, destacou a presidente do TCE, conselheira Susana Azevedo, em seu discurso de abertura.

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A iniciativa, que foi aberta com apresentações culturais de alunos da rede pública, faz parte das ações promovidas através do Pacto pela Educação, e foi dividida em duas palestras e uma mesa redonda. A primeira palestra conduzida pelo procurador do MPC, João Bandeira de Mello, destacou o papel do TCE como incentivador das boas práticas na educação pública. A seguinte, ministrada pelo professor Cláudio Andrade Macêdo, apresentou as evidências que definem a boa educação pública.
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“É uma parceria do controle da administração com a ciência, com os dados científicos, exatamente revelando os melhores caminhos para obtenção de resultado das políticas públicas, evidenciando as boas práticas de gestão, que são aquelas práticas que vão encurtar as distâncias e fazer a otimização, a eficiência da utilização dos recur​sos públicos”, explica Bandeira.
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A mesa-redonda, moderada pelo professor da UFS, ​​​José Ricardo de Santana, foi composta por representantes de quatro escolas públicas sergipanas: Escola Municipal Professora Elinalda dos Santos - povoado Palmeira, em Malhador; Escola Municipal Raimundo Francisco dos Santos - São Cristóvão; Colégio Estadual Dr. Evandro Mendes - Lagarto; e Centro de Excelência Atheneu Sergipense - Aracaju.

Daniel Lemos, diretor do Atheneu, conta que a implementação de alguns recursos na estrutura física e do ensino mudou o olhar dos alunos sobre a escola. “A gente percebeu que a escola, com a implementação de alguns programas como ‘Escola de tempo integral’, como a formação de professores, a melhoria das estruturas físicas da escola, fez com que os estudantes olhassem para escola de uma maneira diferente e, nesse tempo de gestão, a gente promoveu ao estudante que essa escola é capaz de fazer aquele sonho e ter esse sonho”, contou.
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Os representantes de cada uma das instituições de ensino apresentaram os cases de sucesso ocorridos na Alfabetização, Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio e os desafios enfrentados ao longo anos, a exemplo da manutenção da frequência e o apoio da família.

Quebrando o protocolo do evento, a professora Josevanda Mendonça Franco, presidente da Undime/SE, aproveitou a oportunidade para divulgar a implementação de uma metodologia de identificação da localidade dos alunos beneficiários do Bolsa Família. "Sergipe será o piloto. No Brasil, são 2,5 milhões de crianças e adolescentes sem localização beneficiárias do Bolsa Família, que o estado não sabe em que escola estuda, em que ano está, em que classe está enturmada. Então, isso é muito complexo e vamos precisar do apoio de todos”, destaca.

O coordenador do LMB, Josué Modesto, explica que a conferência servirá para dar visibilidade às boas práticas promovidas por essas escolas e, consequentemente, estimular outras instituições a fazer essas implementações. “A boa prática é expressa no índice de aprendizagem dos alunos. Nós temos uma avaliação nacional e uma avaliação estadual que mensura quanto que os alunos aprenderam ao final de uma etapa, por exemplo, para concluir os anos iniciais do ensino fundamental, que ocorre no quinto ano.  [...] A escola tem sucesso à medida que seus estudantes têm sucesso, que eles aprendem”.

Continua

A conferência segue nesta terça-feira, 30, com as palestras “O novo Fundeb e os desafios para o aprimoramento do processo educacional”, ministrada pelo professor Josué Modesto, e “Sistema de Avaliação da Educação Básica de Sergipe - SAESE como política Pública de Estado”, conduzida pela diretora da CEAVE/SEDUC, Joniely Moura Cruz.

E uma mesa redonda sobre as inovações de materiais didáticos, a formação de pessoal e a violência escolar, coordenada pelos professores da UFS Ana Karina de Oliveira e José Mário dos Santos Resende.


Fotos: Igor Graccho
Texto: Luana Maria
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