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TCE inicia supletivo para colaboradores e familiares em parceria com a Seed

O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), por meio da  Escola de Contas José Amado Nascimento (Escontas), iniciou nesta segunda-feira, 19, as turmas do supletivo para conclusão do ensino fundamental e médio, fruto da parceria entre a Corte de Contas e a Secretaria de Estado da Educação (Seed). A iniciativa, que tem como objetivo ampliar o acesso à educação, é voltada para colaboradores terceirizados e familiar.
 
“Esse é um curso que nos enche de muita emoção porque estamos ajudando a dar dignidade e cidadania a todos esses colaboradores, para que eles possam fazer seu segundo grau, seu primeiro grau e quem sabe sonhar em fazer um vestibular, sonhar em fazer um concurso”, afirma a presidente da Corte de Contas, conselheira Susana Azevedo.
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O programa é composto por aulas com duração de duas horas e meia por dia, a serem realizadas durante o período ininterrupto de um mês. O curso foi dividido em duas áreas de conhecimento: Linguagens e ciências da natureza e matemática. 
 
“Nós dividimos a carga horária das disciplinas com 160 e 200 horas, com quatro aulas de revisão dentro das questões que eles vão fazer para que eles se adaptem ao tipo de questão e as de 80 horas com duas aulas de revisão também destinada a que eles se adaptem ao tipo de questão. A gente vai fazer essa carga horária de revisão e depois a revisão será aplicada à prova do supletivo. Eles terão três chances dentro de um ano, as disciplinas que forem sendo aplicadas, elas vão sendo eliminadas e vão fazendo as que não foram até a conclusão e a certificação”, explica o diretor do Departamento de Educação do Estado, Genaldo Freitas Lima. 
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Uilma Batista dos Santos, auxiliar de serviços gerais no TCE, abandonou os estudos na 8ª série do ensino fundamental para ajudar a sua mãe na manutenção da sua casa, e conta que a iniciativa é a oportunidade que ela tem para mudar a sua realidade.
 
“Minha mãe tinha dez filhos, eram nove mulheres e um rapaz, e ela não dava conta de sustentar todos eles. Então, a gente parou para poder ajudar ela na manutenção de casa mesmo. Trabalhei tomando conta de criança e dessa forma eu consegui ajudar minha mãe com os meus irmãos que eram pequenos. [...] Eu já tentei voltar a estudar, porém não dava pra conciliar trabalho. [...] através dessa oportunidade, a gente pode fazer um curso, pode querer fazer uma faculdade e, quem sabe, algum dia está aqui novamente dizendo o que eu me tornei”, disse.
 
Assim como Uilma, Willames Lima Cenas, servidor terceirizado, também não finalizou o ensino médio porque precisou trabalhar para sustentar sua esposa e filho. Para ele, a oportunidade dada pelo TCE ainda irá abrir muitas portas. 
 
Para os alunos do Ensino Fundamental, o curso foi iniciado com aula de Redação, e para os alunos do Ensino Médio, Português e Literatura.​

Texto: Luana Maria
Foto: Marcelle Cristinne
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