​​​​

“É necessário educar o corpo, a alma e a mente”, afirma Luis Henrique Beust

​O penúltimo dia do VII Simpósio Nacional de Educação (SINED) - realizado desde a terça-feira, 16 - foi finalizado com a palestra “Educar por inteiro”, conduzida pelo autor, professor e artista plástico Luis Henrique Beust. O evento, que acontece no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) e segue até a quinta-feira, 18, é voltado para servidores e autoridades ligadas à pasta da Educação. A programação completa está disponível no hotsite oficial do evento.

Sined Beust 17092025 2.jpg

Durante a palestra, Beust compartilhou seus conhecimentos acerca da educação focada nas três grandes dimensões humanas (corpo, alma e mente) e como ela pode ser efetiva no processo educacional infantil.

“Todo o processo educacional tem que contemplar três dimensões: é necessário educar o corpo, é necessário educar a mente e é necessário educar a alma. Basicamente, a educação do corpo é gerar disciplina física através do exercício, da alimentação adequada, do repouso adequado; a educação da mente é o exercício do raciocínio e da compreensão através das matemáticas, das letras, das ciências, das artes; e a educação da alma ou do caráter é a aquisição de virtudes, tratar o outro como gostaria de ser tratado, os grandes valores que sustentam a civilização”, explica o palestrante.

O autor sustenta a ideia de que tanto o gestor público, quanto os diretores de escolas e os pais são capazes de criar ações que contemplem essas três dimensões. 

“[...] o ser humano é um ser complexo e portanto as ações educacionais precisam ser complexas. Não existe nenhuma única linha educacional pedagógica ou de desenvolvimento humano que dê conta da complexidade humana. Por isso geralmente é necessário uma abordagem multidisciplinar e até transdisciplinar. Eu diria que, acima de tudo, trazer uma humanização para os processos educacionais, quer sejam públicos, quer sejam privados, quer sejam domésticos, quer sejam mais amplos”, reflete.

​Como exemplo desse modelo de ensino, Luis Henrique Beust cita a “Klassen Tid” (“Hora da Classe”), prática educacional implementada nas escolas públicas da Dinamarca, que consiste na dedicação de uma aula para que alunos e professores conversem sobre seus sentimentos, conflitos, problemas e ambiente da sala de aula. A prática faz parte da grade curricular obrigatória e tem como foco a empatia e habilidades sociais. 

“[...] o professor conduz essa coisa de tal maneira que as crianças percebem a riqueza do universo de cada uma delas e se encantam mutuamente, além de dar sugestões de solução de problemas, ou seja, não se torna mais apenas um encontro de brincadeira, não apenas um encontro pedagógico, é um encontro existencial”, afirma. 

Aproveitando a oportunidade, o professor agradeceu o convite, o carinho e o acolhimento da presidente do TCE, Susana Azevedo, e do coordenador do SINED, conselheiro-substituto Alexandre Lessa. 

SINED

O Simpósio Nacional de Educação (SINED) tem como objetivo construir uma agenda comum entre os atores da área da educação pública, em alinhamento com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

O VII simpósio é uma realização do TCE/SE e do Instituto Rui Barbosa, com apoio institucional da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (ABRACOM), Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON) e Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon).



Confira a cobertura fotográfica clicando aqui.


Texto: Luana Maria

Fotos: Marcelle Cristinne e Clerverton Ribeiro




​​