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Instrumento de informação e educação: Webinário do TCE faz homenagem aos 70 anos da TV no Brasil

A primeira transmissão de TV no Brasil foi realizada em 18 de setembro de 1950, na TV Tupi, do visionário Assis Chateaubriand. Completando 70 anos em 2020, a televisão mudou o curso da história e a emblemática data foi tema do III Webinário do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, realizado por meio da Escola de Contas (Ecojan), na manhã desta quarta-feira, 16.

Aberto pelo conselheiro Carlos Pinna, diretor da Escola de Contas, o Webinário discutiu a história e o papel da televisão em seus diferentes segmentos. “A televisão não é só entretenimento, mas também é de fundamental importância na educação e desenvolvimento da sociedade”, disse o conselheiro. 

Durante a abertura, o diretor da Ecojan também destacou a relevância dos três nomes marcantes na implementação da televisão em Sergipe aos quais foi dedicada a ação: o radialista e conselheiro aposentado do TCE/SE, Reinaldo Moura; o fundador da TV Aperipê, Raymundo Luiz; e o diretor de Comunicação do TCE/SE, Theotônio Neto. 

Primeiro palestrante da manhã, o conselheiro Otávio Lessa, presidente do TCE de Alagoas, proferiu a palestra “A TV do Tribunal de Contas”. Ele falou sobre as atividades da TV Cidadã, que transmite os trabalhos realizados no TCE alagoano, e também a programação de canais parceiros, como a TV Senado e TV Câmara. O projeto inovador na televisão aberta surgiu em 2016, e serve, principalmente, para que o cidadão tenha acesso ao funcionamento do órgão e suas ações. 

“A transmissão na televisão aberta nos aproximou da população. Um avanço que possibilitou que qualquer pessoa tivesse acesso à informação, garantindo a transparência das instituições públicas”, disse. Entusiasta da comunicação, o presidente do TCE/AL confidenciou ainda o "sonho" de ter um sistema de televisão integrado de todas as cortes de contas do país.

Dando continuidade ao ciclo de conhecimento virtual, o presidente da Alese, deputado Luciano Bispo, discorreu a palestra “A TV e o Legislativo Estadual”, destacando o papel primordial do meio de comunicação na democracia brasileira. “Fundada em 22 de junho de 2004, a TV Alese cumpre seu objetivo fincado no lema "cidadania e informação”, uma base concretizada a cada transmissão”, relatou Luciano. 

Em sua explanação, Luciano Bispo ainda reafirmou o compromisso da televisão legislativa com a cultura sergipana, que tem espaço e incentivo na emissora, e também falou sobre a recente parceria com a Secretaria de Estado da Educação, uma união de forças que permite a transmissão de aulas  para os alunos da rede pública de ensino durante a pandemia do novo coronavírus.

O terceiro palestrante do Webinário foi Vander Costa, diretor da Escola do Legislativo, que trouxe à tona o trabalho realizado pela Câmara dos Vereadores no âmbito televisivo. "Democratização da TV, alguns dos nossos objetivos, e assim, mostrar o trabalho da Câmara, ações dos vereadores e outras pautas através de 11 programas próprios, além de parcerias com instituições, como é caso do Tribunal de Contas através do TCE na TV e Minuto TCE", afirma Vander Costa, que ainda destacou algumas mudanças realizadas pela emissora durante a pandemia. 

"Fizemos muitas adaptações na pandemia, mas continuamos com a programação própria através de adequações; uma dessas novidades foi um Forró Caju em Casa, de maneira remota, através de uma Live. Outro ponto que não podemos deixar de destacar são as aulas remotas em parceria com a Secreatria Municipal de Aracaju, assim, os alunos que não tinham acesso à internet passaram a estudar pela televisão", relata.
Por último, Luciano Correira, presidente da Funcaju, professor da Universidade Federal de Sergipe e ex-secretário de Comunicação Municipal, traz a televisão como instrumento de estudo da cidadania, podendo ser lúdica, mas sem perder a perspectiva de ensinar.

"A chegada da transmissão televisiva, inclusive a TV por assinatura, que tivemos apenas na TV Cidade no nosso Estado, totalizando em Sergipe três canais fechados, tivemos um mercado e, infelizmente, hoje não temos mais, mas isso tudo permitiu uma descentralização. A televisão já foi sagrado e profano, até hoje tem valor, mas temos outras tecnologias, um universo neste contexto da própria televisão, não só a forma, mas os conteúdos mudaram, trabalhamos com novas gramáticas televisivas, hoje trabalhamos com urgência", enfatiza Luciano Correia.

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