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Tribunal de Contas realiza nova edição da Sexta Cultural

Em sua terceira edição deste ano, o Projeto Sexta Cultural preencheu de arte e cultura o hall principal do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), na manhã desta sexta-feira, 28. A iniciativa decorre da preocupação da Corte com a valorização de artistas plásticos, fotógrafos, escritores, músicos e demais expoentes culturais do estado.

"É uma festa da sergipanidade, da cultura de Sergipe e da valorização do nosso estado. Nós fazemos isto há 25 anos. Acredito que somos um bom exemplo para a administração do Estado e dos municípios e fazemos isto porque não há nada que signifique mais para um povo do que a sua cultura. A sua cultura é a sua própria alma. É isto que estamos querendo cada vez mais desenvolver em Sergipe”, destacou o conselheiro Carlos Pinna, representante do presidente TCE, Flávio Conceição, e que ocupa a cadeira de número 13 da Academia Sergipana de Letras (ASL).

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A programação do evento contou com apresentação musical do cantor Matheus Maya, exposição de quadros de Caã e o lançamento do livro “Luiz Garcia, Gilton Garcia e Garcia Neto: Governadores em três estados do Brasil”, do presidente da ALS, José Anderson Nascimento.

"Estes três governadores sergipanos governaram em estados diferentes, que contribuíram para o desenvolvimento nacional, sobretudo, no campo da educação, porque todos eles foram propulsores das universidades federais”, explicou José Anderson.PHOTO-2022-10-28-15-52-03.jpg
Um dos personagens da obra, o acadêmico Gilton Garcia, 81 anos, que já exerceu o cargo de procurador no TCE, governou o Estado do Amapá em 1990 e na sua gestão foi criada a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).

"Acredito que foi o destino que levou que três sergipanos, do interior de Rosário do Catete, ocupassem o cargo de governador em três estados diferentes, em três regiões diferentes, é a prova que não houve nenhum beneficiamento político e econômico para ocuparem estes cargos. E no livro, o professor Anderson aponta que fizemos um trabalho em benefícios para as camadas mais pobres que precisam de educação, de segurança e saúde”, disse Gilton Garcia.

Luiz Garcia, falecido em 2001 e pai de Gilton Garcia, foi governador do Estado de Sergipe entre os anos de 1959 e 1962, e criou o Banco do Estado de Sergipe (Banese). Construiu o Hotel Palace de Aracaju e a Estação Rodoviária. Criou o IPES, a Faculdade de Medicina de Sergipe, e o Museu Histórico, em São Cristóvão.

Pelo lado de José Garcia Neto, falecido em 2009 e tio de Gilton Garcia, foi governador do Mato Grosso, entre os anos de 1975 e 1978, e foi na sua gestão que foi sancionada a lei criando o estado de Mato Grosso do Sul.

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Exposição e música

Por sua vez, o pintor Caã, filho do artista plástico J. Inácio, reuniu algumas das suas obras na exposição “A arte de fazer história”, que celebra os 50 anos de carreira artística. “Nestas obras dei muita ênfase nas luzes, no meu contato com as pessoas e também no mundo do circo”, destaca o pintor, que é natural do Rio de Janeiro, mas desde a infância vive em Sergipe.

O intérprete Matheus Maya selecionou canções da Música Popular Brasileira e da música nordestina para marcar a Sexta Cultural do TCE. “Os artistas precisam disto: espaço para mostrarmos nosso trabalho; e esta iniciativa do Tribunal de Contas é maravilhosa porque podemos divulgar o nosso trabalho e fomentar a arte porque a vida sem a arte é escuridão”, concluiu o cantor e compositor.

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Estiveram entre os presentes ainda o conselheiro Luis Alberto Menezes, o procurador-geral do Ministério Público de Contas, João Augusto dos Anjos Bandeira de Melo, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Iolanda Guimarães​, e a promotora de Justiça, Ana Paula Machado.​

Fotos: Cleverton Ribeiro
Texto: Kleber Santos

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