Palestra na Escontas aborda impacto da solidão e da vergonha na saúde mental

O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) promoveu nesta segunda-feira, 22, a palestra "Solidão, sentimento de vergonha e suicídio". A ação, uma iniciativa da Coordenadoria de Serviços Médicos e Odontológicos, que ​ocorreu no miniauditório da Escola de Contas (Escontas) para diversos servidores da casa em celebração ao Setembro Amarelo. 

A palestra, conduzida pelos psicólogos João Paulo Corumba e Patrícia Pinatti, abordou a forma como a solidão, o sentimento de vergonha e o suicídio estão relacionados, além de promover reflexões sobre a importância do diálogo sobre sentimentos e da busca por ajuda profissional.

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"[...] as pessoas estão hiper conectadas, mas elas não estão conectadas efetivamente entre si, elas têm uma ilusão de estarem acompanhadas. Então, desta forma, elas não se sentem constituintes de si mesmas, elas não se sentem vistas de fato, amadas de fato, desejadas de fato, como constituição de sujeito mesmo. Isso desemboca aí numa sensação de solidão, de desalento, de não ser importante, não ser amado, não ser querido, que é o que todos nós desejamos. E quadros depressivos podem acompanhar esses processos solitários, quadros de transtornos mentais um pouco mais graves, vamos dizer assim, também podem acompanhar e infelizmente essas pessoas podem não ter mais o desejo de estarem aqui", afirma a psicóloga Patrícia Pinatti.

Os psicólogos abordaram também as consequências advindas da solidão, como o aumento do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, depressão, ansiedade e declínio cognitivo.​ 

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​"[...] a gente sempre tem uma rede ou pessoas que conversam entre si. E a gente sempre nomeia algum tipo de sofrimento. Eu diria para elas falarem, buscarem pessoas próximas, buscarem ajuda médica. Às vezes elas têm mais vergonha para as questões mais hierárquicas. Então, [procurar] pessoas que estão ligadas afetivamente a elas, colegas, familiares, pessoas, na verdade, as quais ela acha que a vida dela importa", aconselha Patrícia. 

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​Segundo a psicóloga, o encontro promovido pelo TCE é imprescindível para o bem-estar físico, social e mental dos servidores da Casa, uma vez que é uma promoção de saúde.

Texto: Luana Maria
Fotos: Thiago Carvalho/Cle​verton Ribeiro​