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Uma Sexta Cultural rica em emoções homenageia o cineasta Waldemar Lima

A Sexta Cultural do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe homenageou neste dia 29 o cineasta Waldemar Lima, diretor fotográfico do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha. Na ocasião, foram premiados os três roteiros vencedores do prêmio que leva o nome do cineasta, dentro do concurso “1 minuto cidadão”. O evento contou com apoio da Prefeitura de Aracaju, Secretaria de Estado da Cultura, TV Aperipê e Segrase.


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Dentre os convidados, estavam presentes os cineastas José Humberto Dias, Carlos Modesto e Roque Araújo, que trabalhou com Glauber e o próprio Waldemar em vários filmes. Também participaram da homenagem parentes do cineasta e as filhas Tatiana Velozo e Kátia Solange Lima, que elogiou a iniciativa do TCE, destacando a importância de uma homenagem ao seu pai em terras sergipanas.

“É uma grande emoção, principalmente, por ser aqui em Sergipe. Meu pai amava Aracaju, a referência da vida dele era esta cidade, faltava essa homenagem aqui. Ele já havia sido homenageado em outros lugares, mas foi um marco o evento de hoje, estou muito grata e emocionada por isto”, declarou.

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O presidente Clóvis Barbosa também chamou atenção para o fato de o cineasta ser homenageado pela primeira vez em sua terra natal. “Homenagear Waldemar é homenagear a memória de Sergipe, ele foi um fotógrafo de cinema, teve participação decisiva durante o período do Cinema Novo. Recebeu muitos prêmios e homenagens no Brasil e no exterior, marcando a história do cinema brasileiro, mas recebeu pouco reconhecimento no seu estado. As fotos da exposição eram praticamente desconhecidas. É uma grande oportunidade para os sergipanos conhecerem mais um ícone do nosso estado”.


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As homenagens tiveram início com a apresentação de um documentário sobre a vida e obra de Waldemar, “Um operário do cinema”, do jornalista Pascoal Maynard, com depoimentos de familiares e amigos. O hall do Tribunal recebeu a exposição “Centenário de Aracaju”, com fotografias de Aracaju tiradas pelo próprio Waldemar em 1955, que, na montagem, estão acompanhadas da poesia de Luiz Eduardo Oliva. A exposição também gerou um catálogo que foi lançado na ocasião.

“Graças à sensibilidade de Clovis Barbosa o TCE permitiu concretizar a ideia. Alem da exposição com as fotos e poesias minhas no hall do TCE com belíssimo projeto gráfico de Germana Araujo houve o lançamento de um documentário do talentoso Pascoal Maynard e o livro "Waldemar Lima, uma câmera e uma ideia de luz" organizado pelo brilhante jornalista Marcos Cardoso”, disse Luiz Eduardo Oliva.


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Também foi lançado o livro “Waldemar Lima: uma câmera e uma ideia de luz”, organizado pelo jornalista Marcos Cardoso, diretor de Comunicação e Mídias do TCE, que escreveu a biografia do sergipano ilustre, desde sua origem como fotógrafo amador em Aracaju, passando pela revelação como nome importante do Cinema Novo durante sua passagem por Salvador, seu trabalho como cineasta, documentarista e publicitário no Rio de Janeiro e São Paulo, onde morreu em 2012 aos 82 anos de idade.

“Na solenidade, o que mais me tocou foi a manifesta gratidão de Clóvis Barbosa - investido da honrosa condição de presidente do nosso Tribunal de Contas - a Djaldino Mota Moreno, seu mentor cultural na juventude quando integrava a JOVREU, com quem aprendeu a valorizar a arte e a cultura como essenciais à formação integral do cidadão. Em grande parte do seu discurso, o bem sucedido advogado e homem publico revelou que foi sob a liderança de Djaldino que aprendeu a apreciar e a fazer cinema, a promover encontros e debates culturais e, principalmente, a ser um cidadão socialmente correto”, registrou o poeta e acadêmico Amaral Cavalcante.

Concurso

Durante o evento, foram chamados os três roteiristas dos curtas vencedores do concurso “1 minuto Cidadão”. Os escolhidos foram: “Politicamente Incorreto”, de Luiz Michael, na categoria Corrupção; “Boca Aberta”, por Sérgio Borges, na categoria Transparência; e “Atenção”, escrito por Glória Grazielle da Costa, que foi o melhor roteiro na temática Cidadania. Além de terem os filmes realizados pela TV Aperipê, cada um receberá a quantia de R$ 5 mil.

Feliz pela oportunidade de participar do concurso, uma dentre dos vencedores, Glória espera que prêmios assim aconteçam com mais frequência. “Acho que é de extrema importância que um órgão público incentive a produção cultural, estou muito feliz por ter participado e agradeço a oportunidade. Espero que isso se repita, outros editais sejam feitos e novas pessoas possam participar.


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